NATANNE DE OLIVEIRA – ATLETA

Sou Natanne de Oliveira, tenho 34 anos, sou farmacêutica e, desde muito antes de
precisar de um transplante, o esporte já fazia parte essencial da minha vida. Sempre
fui apaixonada pela corrida – completei 15 meias maratonas, duas maratonas e fui
vice-campeã em uma delas.
Em 2017, minha vida deu uma virada difícil: fui diagnosticada com a Doença de Behçet,
uma doença autoimune rara. Perdi, de forma irreversível, a visão do olho direito e
precisei enfrentar 10 sessões com medicação quimioterápica para controlar o avanço
da doença. Foi nesse período que a corrida deixou de ser apenas um esporte e passou
a ser minha salvação – ela me devolvia energia, ânimo, e um pouco de paz em meio ao
caos.
Em 2019, enfrentei mais um grande desafio: precisei de um transplante de fígado.
Fiquei apenas 24 horas na lista de espera e recebi a minha segunda chance de viver.
Seis meses depois, engravidei da Catarina, minha filha, outro milagre que me enche de
propósito e esperança.
Depois do transplante, o triathlon entrou na minha vida – e me apaixonei. Já participei
de dois triathlons, fui campeã na categoria e 5ª geral em uma das provas e conquistei o
1º lugar no triathlon dos Jogos Brasileiros para Transplantados.
Hoje, sigo como atleta e com o testemunho vivo de que a vida pode (e deve!)
recomeçar com força, coragem e amor. Mudei-me com minha família para os EUA, há
um ano, deixando minha carreira no Brasil para buscar um futuro melhor para nós e
para a Catarina.
Correr, nadar, pedalar e viver com intensidade é minha forma de agradecer, de honrar
quem disse “sim” para a doação de órgãos — e de mostrar que o impossível pode, sim,
ser superado.

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