O transplante multivisceral é uma intervenção cirúrgica complexa e altamente especializada que envolve a substituição de vários órgãos abdominais, como o estômago, fígado, pâncreas, intestino delgado e, em alguns casos, o cólon.
Essa abordagem pode ser necessária em situações em que múltiplos órgãos apresentam disfunções graves e irreversíveis devido a doenças complexas.
Conforme os dados do Registro Brasileiro de Transplantes, no último ano foram realizados dois transplantes multiviscerais. Desde 2013, já foram realizadas apenas 14 cirurgias desse tipo de transplante.
A seguir, falaremos mais sobre o transplante multivisceral, incluindo o que é, quando é necessário, como é o preparo para a cirurgia, como é realizado o procedimento e como é o pós-operatório do transplante. Leia até o final e tire suas dúvidas!
O transplante multivisceral é realizado para tratar condições clínicas graves, em que, pelo menos, dois órgãos estão comprometidos.
A cirurgia visa restaurar as funções normais dos órgãos afetados, proporcionando nova chance de vida aos pacientes.
O transplante multivisceral é considerado em casos raros e críticos, em que a falência de, pelo menos, dois órgãos compromete gravemente a saúde do paciente, mais frequentemente, o fígado e o intestino.
Essa condição pode surgir devido a doenças avançadas, como tumores agressivos na região abdominal, síndrome do intestino curto ou doença de Crohn, que afetam gravemente a funcionalidade dos órgãos envolvidos e pode levar a Síndrome do Intestino Curto.
A decisão de optar pelo transplante multivisceral é baseada em uma avaliação detalhada da condição do paciente, considerando a possibilidade de melhoria da qualidade de vida após a cirurgia.
A preparação para o transplante multivisceral é um processo abrangente que envolve várias etapas cruciais:
Após a avaliação, o paciente é colocado em uma lista de espera para um doador compatível, enquanto recebe acompanhamento médico regularmente.
O transplante multivisceral é uma cirurgia complexa que envolve as seguintes etapas:
O paciente é preparado para a cirurgia, recebendo anestesia geral. O monitoramento constante dos sinais vitais é realizado durante todo o procedimento.
Os órgãos doentes, como intestino, estômago, fígado e pâncreas, são removidos cuidadosamente.
Os órgãos do doador são implantados no paciente e cuidadosamente conectados aos vasos sanguíneos e é reconstruído o trato digestivo.,
Após a implantação dos órgãos, é feita uma verificação detalhada para garantir a funcionalidade adequada. Se necessário, são realizados ajustes cirúrgicos para garantir a circulação sanguínea e o funcionamento correto dos órgãos.
O paciente é levado para a unidade de terapia intensiva para monitoramento contínuo. Medicamentos imunossupressores são administrados para evitar a rejeição dos órgãos transplantados.
À medida que o paciente se recupera, ele é transferido para uma unidade de menor complexidade. A reabilitação e o acompanhamento médico são vitais para garantir que os órgãos transplantados funcionem adequadamente e que não haja complicações.
O transplante multivisceral é um procedimento altamente especializado e complexo que exige uma equipe médica experiente. O sucesso do procedimento depende da compatibilidade dos órgãos do doador, da preparação adequada do paciente e dos cuidados pós-operatórios para evitar a rejeição e garantir a recuperação adequada.
Após o transplante multivisceral, a recuperação é uma fase crítica que envolve várias considerações:
O transplante multivisceral é um procedimento cirúrgico que oferece esperança para pacientes enfrentando doença abdominal grave e irreversível.
Embora haja desafios técnicos, a escassez de doadores e a gestão pós-transplante persistam como obstáculos, o campo do transplante multivisceral continua a oferecer melhorias significativas na qualidade de vida e na saúde dos pacientes.
Dr. André Ibrahim David (CRM: 79868)
Coordenador da Comissão de Transplante de Intestino – ABTO
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Nota: Este artigo fornece informações gerais sobre transplante multivisceral e não substitui a orientação médica. Sempre consulte um profissional de saúde para orientações específicas sobre sua situação.
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